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domingo, 19 de maio de 2013

Alimentação antes da Suplementação: Importância


O que é mais importante na construção de uma dieta, alimentação coerente com as necessidade ou suplementação? Descbubra neste artigo!

Sabemos o quão importante é a alimentação em nossa vida. É através dela que obtemos substratos essenciais para a vida. Tão importante quanto o ar atmosférico que respiramos, ou até mesmo a luz solar, os alimentos, em suas diversas formas e composições constituem-se como fundamentais para que possamos nos desenvolver e de fato existir, acima de tudo. Basicamente, o que ingerimos fornece todas as moléculas necessárias que nos constituem, ou, mais profundamente ainda, fornece todos os mínimos elementos que necessitamos para constituir nossas estruturas e, claro, torná-las funcionais e convenientes para nós.

importancia de uma boa alimentacao A importância de uma boa alimentação antes de uma suplementação

Vamos imaginar, apenas um caso de um macronutriente: As proteínas. Elas são formadas por pequenas estruturas conhecidas como aminoácidos. Estes, por sua vez se ligam em ligações peptídicas para formá-las. Porém, esses aminoácidos também possuem estruturas menores em sua composição, tais quais os principal deles são, o carbono, o hidrogênio, o oxigênio. Entretanto, ainda existem outros elementos que constituem os aminoácidos como o próprio enxofre, o nitrogênio, que não pode ser esquecido quando o assunto são as proteínas, entre outros. E isso, porque estamos falando unicamente de um dos macronutrientes. Agora, imagine se fôssemos falar de nutriente a nutriente e, principalmente da estrutura molecular de cada um deles… Certamente isso seria um bom livro…

Segundo a definição do dicionário Priberam, alimento deriva do latim pela palavra “alimentum” e é definido como o que serve para conservar a vida de alimentos ou vegetais, mostrando a real importância exercida por tal.

Diante de todos esses fundamentos, fica bastante fácil perceber porque a fome, as vontades relacionadas com a alimentação ou até mesmo a busca inconsciente pela alimentação é um instinto vital. Se não fosse por esse tão valioso instinto, provavelmente seria impossível uma evolução tão complexa do meio-ambiente, sejam em seres vivos inanimados ou não.
Como tudo que está presente no mundo, esse importante instinto, apesar de ainda existir de maneira bastante evidente, foi se modificando e tornando sua funcionalidade um tanto quanto modificada demais para algumas espécies, como nós atuais homiens sapiens sapiens. Há quem diga que essas modificações até possam ter sido convenientes, pois, conseguimos algumas manipulações que nos são propícias. Porém, creio que muitas delas também podem ter ocorrido de maneira a causar certa “involução” a nós. Não involução no sentido de que perdemos algo com isso, mas, se juntarmos as mudanças que ocorreram no meio-ambiente como um todo, elas podem não estar de acordo com essa “evolução” interna. Por exemplo, é interessante que tenhamos conseguido aprender a controlar a fome e, dessa forma, não atacar quaisquer coisas comestíveis a nossa frente. Socialmente, isso é bastante viável. Porém, por outro lado, será que o fato de nossas vontades psicológicas muitas vezes serem transmitidas para nossas vontades físicas relacionadas a alimentação (principalmente em distúrbios) é algo realmente interessante? Será que o fato de hoje conseguirmos obter alimentos de maneira fácil vem prejudicado ou auxiliado a nós mesmos? Certamente não… por exemplo, um homem no passado para consumir 80Kcal de uma maçã, desprendia energia para a procura, então depois para colhê-la de alguma árvore para só então, depois, consumi-la. Hoje, descemos o elevador, pegamos o carro, vamos até a padaria da esquina e comemos um delicioso sonho de 400Kcal com bastante gordura e açúcares simples. Assim, existem dois lados da moeda que devem ser devidamente compreendidos antes de quaisquer julgamentos.

Bem, mas não quero discutir hábitos alimentares e nem tampouco a evolução do instinto da alimentação, mas sim, quero discutir a respeito do que as pessoas tem feito com a sua ingestão alimentar.

A princípio, temos um fundamento de que alimentar-se é fundamental para viver e isso é indiscutível. Porém, a alimentação, apesar de ter como princípio o ato de nutrir o indivíduo, também envolve muito mais do que simplesmente “nutrir” fisicamente o corpo. Hoje, ela também está associada com fatores emocionais, afetivos, culturais, ritualísticos, sociais e diversos outros. E não é a toa que, enquanto animais mais primitivos comem unicamente para manter-se nutrido a ponto de viver, sem selecionar demais o seu alimento, nós, normalmente temos preferências, regras para comer, tipos de formas de preparos de alimentos, acompanhamentos etc etc etc, já provando a complexidade do assunto. A comida em si é algo que nos cerca e está presente praticamente o tempo todo em nossa vida: Em festas, em nossa casa, em confraternizações, em reuniões, na sala de espera de um consultório etc etc etc.

Com isso, e por muitas outras coisas, passou-se a conhecer as diferentes formas que poderiam ser feitas para manipular a forma de alimentar a fim de atingir um objetivo físico. E esse assunto tornou-se tão relevante que hoje, existe a ciência que estuda a modificação do alimento em função do homem e os aspectos envolvidos nesse processo desde transformação até o consumo final: A nutrição. A nutrição em si busca aliar a ciência à prática e, através da harmonização, da adequação, da qualidade e da quantificação fazer com que a ingestão alimentar seja adequada de indivíduo para indivíduo.
A uma pessoa eutrófica e que possui níveis relativamente baixos de atividade física, ou o conhecido como “sedentário”, normalmente uma alimentação equilibrada já consegue fornecer todos os nutrientes necessários para que ela possa ter a saúde em dia. Ainda bem que precisamos de alguns nutrientes em mínimas quantidades e, quantidades essas que nem sempre precisam se quer ser supridas diariamente. Assim, a variedade alimentar é de exímia importância. Porém, quando o assunto é um praticante de atividades físicas regular, um esportista, ou um atleta, essas afirmações podem não estar muito corretas, visto a necessidade dietética totalmente diferente que eles possuem. Obviamente, não estou comparando o esportista com o atleta, nem o atleta com o praticante de atividades físicas e tampouco o desportista com os praticantes regulares de atividade física, mas, diante a cada intensidade, há uma necessidade diferente, não só pelo nível da atividade física em si, mas, principalmente pelas necessidades individuais, envolvendo não só questões metabólicas, mas questões do meio ambiente também (fatores socioculturais, rotinas, hábitos etc). Sendo as necessidades diferentes, muitas vezes essas não conseguem necessariamente ser supridas apenas com a alimentação ou, a alimentação não é a forma mais viável para o consumo.

Foi pensando em como alimentar-se de maneira prática e que não desprendesse esforço que ossuplementos alimentares começaram a ser elaborados. Esses produtos normalmente foram pensados seguindo a lógica de isolar por completo ou parcialmente um nutriente e/ou melhorar sua digestão por processos industriais, favorecendo assim o seu consumo e muitas vezes o seu valor nutricional também. Não para atletas, nem tampouco para pessoas sedentárias, mas, inicialmente para astronautas (justamente pela necessidade de ocupar pouco espaço, gastar pouco tempo para alimentar-se e ter uma durabilidade grande de alimentos), soldados (pelos mesmos motivos) e, posteriormente para ambientes clínicos e/ou hospitalares (pela capacidade de oferecer nutrientes isolados e necessários para cada caso específico). Além disso, a indústria alimentícia como um todo passou-se a desenvolver largamente nestes casos, implantando técnicas como a iofilização, a alta densidade energética nos alimentos etc.
tipos suplementos alimentares A importância de uma boa alimentação antes de uma suplementação

Hoje, os suplementos alimentares passaram de apenas uma necessidade (o que não necessariamente pode ser considerado bom ou ruim), mas uma forma facilidade para atingir alguns objetivos específicos, como o aumento na performance do esportista ou atleta (no caso dos suplementos ergogênicos), no aumento da capacidade nutricional, no aumento da capacidade de digestibilidade de alguns nutrientes em momentos oportunos ou do retardamento da digestão/absorção dos mesmos, do alto fornecimento de calorias etc.

E não é por acaso que uma das indústrias que mais se desenvolveu e vem se desenvolvendo é a de suplementação. O enorme marketing que envolve esses produtos faz com que muitas vezes eles pareçam reais milagres vindos do céu e que nos possibilitarão chegar a qualquer lugar tão rápido quanto jamais imaginamos. Mas, será que tudo isso é realmente verdade? Queria poder dizer que sim, mas, infelizmente não. E, mais do que isso: Na maioria dos casos, se quer eles chegam perto disso!

Se a alimentação é a principal fonte para o fornecimento de substratos para o desenvolvimento humano e, a suplementação é algo que DERIVA da alimentação, então o que faz muitas pessoas acreditarem que o suplemento é mais eficaz que o alimento em si, ou até mesmo, o que as faz acreditar que o alimento é sempre inferior do que o suplemento? O que te faz acreditar que um shake de albumina pode ser mais eficaz do que claras de ovos cozidas? Devo vos dizer que, certamente, se tivéssemos de comparar o quão completo são os alimentos e, principalmente a combinação deles quando comparado aos suplementos alimentares, certamente diferença seria extremamente grande, mesmo hoje tendo toda a tecnologia neste mercado (que também tem sua função e lugar). O corpo humano, a grosso modo, foi feito para digerir e absorver nutrientes específicos e, não importa necessariamente se este nutriente vem de fonte X ou Y (obviamente não estou colocando em pauta a biodisponibilidade de cada um deles), mas sim, que esteja lá, pronto para os processos fisiológicos e/ou metabólicos.

Entretanto, os suplementos alimentares não devem ser negligenciados e tampouco hostilizados. Eles possuem uma enorme eficácia e uma aplicabilidade muito importante em determinados casos. Mas, assim como tudo, se utilizados da maneira incorreta (seja em momentos, formas, combinações ou outros) podem não só não apresentar os resultados que almejamos, mas também, prejudicar a saúde, dependendo do que estamos falando. E, não é porque a maioria dos suplementos de fato são alimentos que eles não podem se tornar prejudiciais. Aliás, até mesmo os alimentos em excessos podem se tornar prejudiciais.
Imagine um indivíduo que, se quer possui uma alimentação coerente (ou seja, que se alimenta com frequência inadequada, que não dá um suporte adequado de micro e macronutrientes ao corpo, seja com o déficit, ausência ou excesso de um ou mais deles, que não se preocupa com a interação entre as nutrientes, que não dá um aporte calórico adequado aos seus níveis energéticos individuais etc), mas, decide começar a gastar seu dinheiro com suplementos caros ou com combinações de suplementos. Obviamente, ele pode obter algum tipo de resultado, visto que está adicionado algo a mais (por mais errado ou incoerente que esteja) em seus hábitos alimentares. E essa é aquela mesma velha história: Por que usuários de creatina que já estão no esporte há algum tempo não costumam reter água e, novatos nos primeiros dias de uso se tornam um balão? Porque certamente, esses “macacos velhos” possuem uma dieta regrada, atenção nas quantidades ingeridas de sódio e outros íons etc, enquanto muitos dos novatos, se quer se preocupam com a ingestão hídrica que fazem diariamente. Mas, isto está longe de ser tido como protocolo correto e de maximização de resultados, fazendo então com que uma alimentação equilibrada e bem estruturada possivelmente seja uma solução MUITO melhor.

Na alimentação, além de encontrarmos todos os nutrientes necessários para manter um bom funcionamento no corpo, estes, estão em formas diversas e normalmente sofrem inúmeras interações com o meio em que são expostos (tanto ambiente quanto em nosso corpo). Mas, não vejo isso como uma desvantagem. Talvez justamente por essas condições é que o corpo possua a capacidade de, com nutrientes vindos de formas “naturais” quantificar e utilizar apenas o necessário. Particularmente, nunca vi ninguém que tenha tido alguma intoxicação ou, pelo menos intoxicação séria por conta de micronutrientes em quantidades altas presentes na dieta.

Recentemente, parei para ler uma reportagem sobre a vitamina C. Obviamente, muito sensacionalismo em torno dela, mas, um dos tópicos me agradou muito que foi justamente o que dizia que a melhor fonte de vitamina C é a dietética, ou seja, com bem menos chances (ou chances nulas) de causar algum tipo de prejuízo ao corpo. Certamente, mesmo consumindo alimentos riquíssimos em vitamina C, como a acerola, dificilmente apresentaremos efeitos colaterais como pedras nos rins(pelo metabolismo em oxalato) ou o escorbuto rebote. Porém, suplementando com suplementos mais simples que temos no mercado, facilmente ultrapassamos a ingestão recomendada de maneira absurdamente grande e, além disso, esses produtos normalmente estão em formas de serem aproveitados quase que por completo no corpo, logo, os níveis de toxicidade podem sim ser bem mais evidentes (e olha que não é incomum encontrarmos adolescente de 15 anos que estão praticando musculação e consumindo 3, 4 ou 5g de vitamina C DIARIAMENTE só de suplementos alimentares, fora o que já é ingerido normalmente na alimentação).

Muito mais do que apenas o caso da vitamina C são de todos os outros nutrientes, especialmente até das proteínas, que são outro foco bastante abordado pelo praticante de musculação. Vejo pessoas que acabaram de iniciar seus trabalhos dentro de um ginásio, buscando hipertrofia muscular e acham que o simples fato de se entupirem de proteína (e falo de consumos absurdos nesses casos, superiores até a 5g/kg de proteínas) irão construir mais músculos ou, terão mais resultados em menos tempo, quando, além de estarem causando um grande prejuízo no corpo a troco de NÃO ter esses resultados esperados, ainda acabam por gastar seu sofrido dinheiro com suplementos que os auxiliem a atingir esse grau de ingestão (aliás, é difícil conhecer alguém que coma de alimentos sólidos esses 5g/kg de proteínas – a depender do peso do indivíduo, claro! -). Sinceramente, creio que 75% de quem se encontram dentro das academias praticando musculação, se quer necessitaria de um complemento proteico, mas sim, suas necessidades seriam facilmente supridas apenas com dieta. No entanto, parece que muitos ainda preferem o caminho cético do marketing. Todos querem saborear seu delicioso whey protein após o treino, mas, quantos efetivamente saem da academia e comem um belo prato de arroz branco com frango? Ou melhor, quantos fazem isso 90 minutos antes de ir para a academia as 5h da tarde? Poucos, poucos… E são justamente esses que normalmente tem os melhores resultados.

E o caso dos indivíduos que se alimentam 3-4h antes de praticar musculação só para ingerir o último pre-workout do mercado norte-americano, sentem um pouco mais de “disposição” visto que, a maioria dos estimulantes realmente tenham melhor ação quando estamos de estômago “vazio” e consideram isso alto rendimento… E são tantos os outros…
E é até engraçado ver como muitos senhores ou muitas senhoras adentram em um plano de ginásio de academia e já acham que não obterão bons resultados com protocolos de pessoas eutróficas, mas sim, que necessitarão de protocolos dietéticos de atletas e então, decidem ir a frente de um “nutricionista” esportivo.

Pense comigo: O indivíduo bebe, fuma, não se alimenta direito, frequenta baladas todos os finais de semana, não ingere quantidades suficientes de água e acha que algumas cápsulas ou alguns potes com um pó misterioso dentro podem fazer milagre. E mais do que isso: Ainda querem gastar pouco!!! (Claro, como eu disse, talvez não sejam necessários os gastos altíssimos que muitos possuem, mas, não querer gastar o justo é um pouco demais…)
exemplo boa alimentacao A importância de uma boa alimentação antes de uma suplementação
alimentação é um fator tão importante que há 50 anos atrás, não se tinha, nem mesmo lá fora grandes coisas relacionadas a suplementos alimentares para atletas. Muitos desses praticantes de musculação na época, se quer sabiam da real necessidade dietética de seu corpo, mas, comiam por instinto e sabiam que aquela comida sim, de alguma forma era a responsável pelos músculos. E não importava: Comer era importante (apesar de hoje, parecer nem ser tão importante, não é?)

Para finalizar, não quero parecer um tanto quanto cético ou dizer que é por falta de algum direito ou necessidade o uso de suplementação. Sim, ela faz-se necessária e, principalmente com as estratégias de praticidade para o dia a dia ela pode ser uma ferramenta extremamente útil. Asuplementação merece o seu espaço, pois, além de suprir necessidades que NÃO PODEMSER SUPRIDAS COM A DIETA NORMAL, ou seja, NA QUAL A DIETA NORMAL NÃO CONSEGUIRIA ATINGIR O CONSUMO NECESSÁRIO, SEJA POR QUALQUER QUESTÃO QUANTITATIVA, QUALITATIVA OU POR IMPOSSIBILIDADE DE COMER (revolvendo problemas sociais do dia-a-dia e também resolvendo alguns outros problemas perante a impossibilidade, normalmente por algum problema físico, do consumo do alimento). O problema é usar essa ferramenta de maneira incorreta, sem orientação adequada ou, principalmente de forma abusiva. Desta forma, obter não só o conhecimento adquirido durante a pesquisa em algum site relacionado a musculação, suplementação, nutrição ou tampouco sites de fabricantes de suplementos, lojas e afins é até importante, mas, mais do que isso, o auxílio profissional é indispensável e fundamental.

Para completar este artigo vou deixar aqui com vocês a indicação de um ótimo livro, que se chama Guia de Alimentos e Suplementos Para Ganho de Massa Muscular. Nele você irá aprender não só a importância de uma boa alimentação, mas também como transformar de forma simples a sua alimentação em algo voltado para que você possa conquistar seus objetivos. 

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